As vantagens do Javascript em todas as camadas de uma aplicação

As vantagens do Javascript em todas as camadas de uma aplicação

Tulio Faria
Tulio Faria6 de outubro de 2017
As muitas vantagens de usar JavaScript fizeram com que ela se tornasse a linguagem de programação mais popular do mundo.
Extremamente versátil, o JavaScript pode até ter começado de forma tímida com foco limitado ao client-side. Mas isso mudou com a chegada do node.js em 2009: com a possibilidade de utilizar a linguagem também no server-side, cada vez mais devs defendem a utilização desta linguagem em todas as camadas de uma aplicação.
Neste artigo, explicaremos melhor quais são as vantagens da utilização do JavaScript de ponta a ponta, em todas as camadas de uma aplicação.

O que são exatamente as camadas de uma aplicação?

Também chamadas de stacks, as camadas de uma aplicação são simplesmente o front-end e o back-end de uma aplicação.
E no caso de uma aplicação web, o front-end é a camada que roda no navegador, ou seja, no lado do cliente, ou client-side. Em resumo, qualquer componente que é manipulado pelo usuário e utilizado para coletar sua entrada em um sistema é qualificado com front-end.
Já o back-end é o server-side, ou lado do servidor. Ele recebe as entradas feitas pelo usuário no front-end, as processa e então devolve uma saída que será exibida ao usuário mais uma vez pelo front-end.
Existem várias linguagens que podem ser usadas tanto no front-end quanto no back-end de uma aplicação, mas o JavaScript pode ser aplicado em ambas. E isso é o que significa utilizar a linguagem em todas as camadas de uma aplicação.
Um dev full stack, ou seja, um desenvolvedor capaz de programar nas duas camadas de uma aplicação, usualmente conhecerá o JavaScript e poderá escrever seu código com essa linguagem em ambas.

O que são Node.js + Express + EJS + MongoDB?

Para compreender melhor como exatamente o JavaScript pode ser utilizado em todas as camadas de uma aplicação, é preciso conhecer também alguns outros nomes: Node JS, Express, EJS e MongoDB.
Com a união de todos esses, é possível fazer algo com o JavaScript do começo ao fim. E, se hoje essa linguagem é utilizada de ponta a ponta, isso se deve ao trabalho brilhante do programador Ryan Dahl, que apresentou o Node.js durante uma conferência JSConf na Europa e foi aplaudido de pé na ocasião.
O node.js é uma plataforma que permite a interpretação de código JavaScript do lado do servidor. Ou seja, com o node.js, é possível levar o JavaScript ao back-end.
Quando uma equipe de programadores começa a criar um ambiente de desenvolvimento e instala o node.js, também é instalada uma ferramenta chamada NPM, sigla para Node Package Manager.
O NPM é utilizado para instalação e gerenciamento de módulos no Node.js. Muitas pessoas preferem utilizar, para o mesmo trabalho, o Yarn, que é mais rápido e eficaz, mas independentemente da opção escolhida, é com o gerenciador de módulos que será feita a instalação do Express, um framework para o Node.js.
O Express é ao mesmo tempo minimalista e robusto: com ele, é possível criar com mais facilidade qualquer tipo de aplicação web. Ele permite a passagem facilitada do navegador para back-end e economiza trabalho de programação.
Já o EJS é a sigla para Embedded JavaScript templates, que é uma linguagem de templates que permite a criação de HTML com apenas JavaScript. A utilização do EJS simplifica a vida do desenvolvedor, que poderá realmente utilizar essa linguagem em todo o desenvolvimento do produto.
Com isso, o processo de desenvolvimento é mais rápido e o código completo fica mais integrado e padronizado, pois apenas JavaScript é utilizado, ainda que o EJS emita o resultado em HTML.
E por fim, o MongoDB é uma ferramenta de banco de dados que armazena tudo em arquivos JSON-like. Ele é um banco de dados gratuito e open-source que pode ser utilizado em conjunto com todas as demais ferramentas já citadas para que a aplicação utilize JavaScript de ponta a ponta.

Quais são as vantagens de usar JavaScript em todas as camadas?

O JavaScript já foi ridicularizado por ser uma linguagem simples demais e limitadora do potencial de um programador. Ainda hoje, muitos devs ainda torcem o nariz para ela, mas a verdade é que, desde o seu lançamento oficial em 1996 até os dias de hoje, o JavaScript evoluiu muito e não foi à toa que se tornou a linguagem mais popular do mundo, desbancando Java, C#, PHP, Phyton e outras.
Entre as vantagens de utilização dessa linguagem em todas as camadas de uma aplicação, a mais clara é a padronização: com tudo sendo escrito em JavaScript, a uniformidade da linguagem é maior e o trabalho é mais compreensivo para quem está envolvido no projeto, seja um dev front-end, back-end ou full stack.
E se um programador compreende bem os fundamentos da linguagem, ele será capaz de escrever também em todas as camadas, reduzindo gargalos em que o desenvolvimento para porque metade do time espera o pessoal do back-end terminar algo, por exemplo.
Se uma equipe for boa em JavaScript, já é um passo dado para que todos sejam, de certa forma, full stack, ou seja, capazes de trabalhar nas duas camadas da aplicação. E um time full stack é mais versátil, ágil e compreende melhor o produto como um todo.
Outra vantagem bem significativa é a possibilidade de reaproveitamento do código. Reutilizar trechos de código que já foram feitos é uma forma de reduzir a carga de trabalho dos desenvolvedores e acelerar o término do projeto.
E com o MongoDB, é possível inclusive usar o JavaScript no banco de dados. Isso faz com que realmente todo o fluxo de um objeto em uma aplicação seja realizado com o JavaScript.
É possível receber a entrada no navegador com JavaScript, transportar a demanda para o back end ainda com a linguagem e, por fim, salvar um objeto no MongoDB ainda com o JavaScript. Naturalmente, o fluxo reverso também será tão prático quanto.
E você, já está pronto para trabalhar com o JavaScript e se tornar um desenvolvedor full stack? Entre em contato com a gente para aprender mais sobre essa possibilidade e potencializar seu currículo para o mercado! Esperamos você!
Tulio Faria
Autor
Tulio Faria6 de outubro de 2017

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